O ônibus de turismo que caiu no vão de um viaduto em
Campinas (SP) na madrugada deste domingo (17) estava com a documentação vencida
há 17 dias. A informação foi atestada pela perícia e confirmada pelo
proprietário do veículo, que esteve no local após o acidente. Pelo menos 30
pessoas ficaram feridas.
O veículo tinha saído de São Paulo com destino a Capitólio
(MG). A retirada do ônibus do local do acidente levou mais de 7h.
Em entrevista à EPTV, afilial da TV Globo em Campinas, o
proprietário do ônibus disse que o tacógrafo do veículo não havia sido trocado
pelo motorista. O instrumento, utilizado em veículos, registra a distância e
velocidade percorrida em relação ao tempo de uso.
O proprietário do ônibus reconheceu a responsabilidade da
empresa de não ter disponibilizado o tacógrafo ao motorista e pela documentação
que estava vencida.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o veículo atingiu uma
placa de sinalização e, em seguida, acabou caindo no vão do viaduto. O acidente
aconteceu por volta das 3h, quando o ônibus transitava no sentido Campinas a
Jaguariúna (SP). O veículo foi retirado do local do acidente por volta das 10h
deste domingo.
Ainda de acordo com a Polícia Rodoviária, o ônibus estava
com lotação máxima, com 44 pessoas, além do motorista e um guia de turismo.
Três delas ficaram gravemente feridas e foram levadas para o Hospital de
Clínicas da Unicamp. As demais vítimas foram socorridas para o Hospital Padre
Anchieta, em Campinas, para o Hospital Municipal de Jaguariúna e para a UPA da
cidade.
A Prefeitura de Jaguariúna informou que 10 pacientes foram
socorridos para o pronto socorro do hospital municipal do município, e que dois
passam por cirurgia. Um deles é o motorista do ônibus, que teve fratura
exposta. Seis vítimas tiveram alta e quatro aguardam exames ou reavaliação.
Outros 7 pacientes foram socorridos para a UPA de
Jaguariúna. Três deles aguardam resultado de tomografia ou reavaliação.
O caso foi registrado em uma delegacia de Polícia Civil de
Campinas, que vai abrir uma investigação para apurar as causas. Equipes do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e perícia
estiveram no local após o acidente.