O corpo da auxiliar de enfermagem Daniele Soares, de 46 anos, foi encontrado numa área de mata nesta segunda-feira (25), no bairro Morro Alto, em Paulínia. Ela estava desaparecida desde sexta-feira (22). O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como morte suspeita.
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De acordo com GCM (Guarda Civil Municipal), a hipótese de assassinato não está descartada.
Daniele Soares era auxiliar de enfermagem há 22 anos no HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Popularmente conhecida como Dani, a enfermeira era trans e militante da causa LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queer, Intersexo, Assexuais). Nas redes sociais, a morte tem gerado comoção. “Minha amiga querida partiu. Que tristeza”, disse uma internauta.
Ela participava da fundação do Coletivo de Arte Cultura e Direitos Humanos Boca de Sissí.
A Polícia Científica esteve no local e realizou os trabalhos de perícia técnica. Posteriormente, o corpo foi recolhido ao IML (Instituto Médico Legal) de Campinas.
O caso foi registrado na Delegacia de Paulínia, onde a Polícia Civil dará início às investigações.
Nota da fundação
A fundação Boca de Sissi emitiu uma nota lamentando a morte de sua integrante. Confira na íntegra:
“É com grande pesar que nós, do Coletivo de Arte Cultura e Direitos Humanos Boca de Sissí viemos a público comunicar o óbito de uma de nossas integrantes, Daniele Soares.
Aos 46 anos, nossa querida “Dani”, auxiliar de enfermagem, partiu sem se despedir, mas o que fica são as saudades e a consideração por sua vida e luta.
Integrante do coletivo desde a fundação, Daniele compartilhava sua experiência, esbanjava alegria e inspirava a luta de muitas outras gerações.
Descanse, nossa companheira.
Seu legado será para sempre.”